GOG em 2006 pedia amor ao Rap e fala de política


No dia 19 de outubro de 2006, o Mundo da Rua, foi até o Espaço Cultural da Conduta para realizar uma entrevista com um dos grandes nomes do Rap brasileiro, GOG. Em uma conversa de cerca de vinte minutos, ele falou sobre o seu novo trabalho, política, educação e os rumos do Hip Hop.

Como sempre com seu discurso pontual e certeiro GOG engendra suas mensagens com calma e mestria. Confira!

Mundo da Rua – Você está há muito tempo no Rap, no Hip Hop, é considerado um dos grandes nomes junto com Racionais, Thaíde, Dj Hum. Como está seu trabalho hoje?

GOG – Primeiramente, satisfação por estar trocando esta idéia aqui no Mundo da Rua. Você ta ligado que o Hip Hop vive resistindo, então minha história é uma história de resistência, como dos grupos que você citou ai. Agora eu acho que a grande importância é sempre você saber por que se resiste. Tem muita gente que vive, mas não sabe por que vive, e resistir também é preciso saber por que resiste. Isso é uma grande e longa caminhada. Muitas vezes a gente pensa que sabe tudo, mas não sabe tudo. A gente tem que ter muitas vezes humildade para perceber na simplicidade algumas coisas complexas. E vem sendo dentro desses mais de vinte anos de GOG dentro do Hip Hop brasileiro. Essa tem sido minha caminhada.

MDR – Você é uma referencia para muita gente dentro do Hip Hop, para não dizer todo mundo, como o grande nome do Hip Hop politizado. Como você percebe isso?

GOG – Veja só, como eu comecei a escrever as minhas influencias, eu dancei Break, eu era B.Boy, e dentre os filmes que eu assisti eles sempre passavam uma posição ativista e de não-conformismo. Uma das coisas que mais me marcaram foi ver o Gran Máster Flash em ação no Beat Street [1] , então as letras eram falando sobre Hiroshima, Nagasaki [2] , sobre não se manter parado simplesmente esperando as coisas acontecer. Então, essa linha que eu trabalho no Hip Hop, foi exatamente uma conseqüência dessa minha vivencia, dos meus primeiros momentos dentro do Hip Hop. E tudo isso veio se alargando com as influencias tanto desse Brasil colônia de 500 anos, tanto de vários grupos de Rap que acabaram apimentando e colocando sua influência. Eu cresci ouvindo muito Gerson King Kombo, Toni Tornado, muita musica brega, isso influenciou bastante nessa formação do meu estilo. E a gente vai aprendendo sempre, eu acho que, a gente não pode ser mais um produto na prateleira. A gente tem que se versátilizar, trabalhar, e sempre buscar dentro do novo alguma coisa que se possa aproveitar para que você se transforme sem mexer nos seus alicerces.

MDR – Dá para perceber, além dessas influencias do próprio Rap, da própria música, algumas outras influências que você tem com o pensamento político, que você trabalha junto com suas letras.

GOG – Sou nascido em Brasília, o coração da política brasileira, da política partidária. Mas, Brasília também foi, durante muito tempo considerada a capital do Rock, então a gente ouvia muito isso, outras influências musicais, por exemplo, ouvia muito Garotos Podres, Legião Urbana – os primeiros momentos tinham muito a ver –, até o próprio Capital Inicial, na época de Veraneio Vascaína [3] , eram artistas que batiam mais de frente com o sistema mesmo, tudo isso sempre me chamou atenção. E eu cheguei a cursar uma faculdade de economia e nesse tempo eu aprendi muita coisa de construção do pensamento, eu acho que talvez esse seja o maior ponto da faculdade, não é nem você se formar, mas de você acordar para esse pensamento acadêmico de entender o processo científico da escrita. Pra você escrever, você tem que ter primeiramente um assunto, mas antes do assunto que é valido você tem que delimitar, ou então marcar as fronteiras daquele assunto, quer dizer tem várias formas de falar de negro, várias formas de falar de policia, várias formas de você falar de amor, de guerra, de paz. Então quer dizer, tudo isso foi influência para formação desse estilo que vocês conhecem do GOG ai no Brasil.

MDR – Tem algumas categorias que você usa na sua música, que eu definiria a música que o GOG canta uma música mais marxista. Você tem essa orientação?

GOG – Durante muito tempo eu batia no tempo e fala que tinha uma ideologia, mas a ideologia na realidade ela evolui, então é claro que o marxismo, o leninismo [4] , tudo passou e são saldos que compõe esse sangue revolucionário, mas também tem o Lampião que veio antes de tudo isso, e não sabia de tudo isso, tem Antônio Conselheiro, tem Zumbi dos Palmares, então tudo isso, passa a ser não só ideologia, mas um pensamento, você é o que você pensa, então eu acho que tem ideologia no meu pensamento, mas tem muitas outras coisas que irrigam esse pensamento, que é o produto final que é o GOG como você está ouvindo aqui agora.

Agora que é claro que o marxismo balançou o mundo, se enganam aqueles que pensam que simplesmente porque o muro de Berlim caiu em 89 que acabou esse pensamento, tem muita gente resistindo, agora tem muita gente desistindo também e decepcionando, isso ai é verdade.

MDR – Se refere a alguém particularmente…?

GOG – Geralmente quando fala isso à gente já pensa em política partidária, pensa em PT [5] , pensa em Lula, isso mano é Governo. Eu to falando muito mais em relação às pessoas que são bem mais importantes para mim, que são as pessoas que alicerçam e que muitas vezes você tem que segurar com a mão, porque algum parceiro saiu daquele lado e que comprou o cara foi o sistema. E muitas vezes o cara nem se vende, mas o sistema te engana através de altas fitas que ele vai te colocando ele vai te afastando, exatamente, dos olhos daquelas pessoas que acreditamem você. Talvez esse seja o maior holocausto, isso que o sistema faz sem a gente perceber.

MDR – Você usa (o que é muito recorrente dentro do Rap, principalmente) a idéia que o professor Florestan Fernandes [6]utiliza, a coisa como a burguesia e o proletário, que é da teoria marxista também, mas com influencias na cultura brasileira, como esse pensamento se consolida na cultura brasileira. Você busca um pouco disso em algumas músicas mais antigas, você busca bastante isso, até em uma música que não é tão antiga que é “É o terror”, que fez bastante sucesso aqui em São Paulo também. Como você vê hoje essa dicotomia entre a burguesia e os trabalhadores, ou entre a periferia e o centro?

GOG – Eu entendo a história do mundo como uma luta de classes. Agora depois que eu tive acesso a algumas leituras, como “Os protocólos dos sábios do Sião” [7] , depois que eu li outras obras escritas principalmente pelo sionismo levado contra palestinos, então você passa a perceber que existe um povo que quer dominar o mundo, então acaba sendo uma luta de classes, mas mais direcionada. Eu acredito também que nessa luta de classes, tem vários integrantes dessas classes estão sendo totalmente enganados e ludibriados, essa batalha campal que acontece no dia-a-dia entre oprimidos e opressor, é uma coisa muito louca por que um tem e não desfruta e o outro quer ter e não consegue, então é o gato e o rato, o Tom e o Jerry, é tudo isso.

Eu só tenho uma coisa de toda essa lição que eu tirei mesmo de lutas de classe é que a paz do mundo é você, não adianta você esperar do outro uma postura, eu acho que tem que partir de você o exemplo. Eu vejo muito no Rap uma fita, que é exatamente as pessoas falam assim: “eu não quero ser exemplo, eu falo e você segue se você quiser, eu to falando certo, mas eu sou errado, mas você tem que fazer o certo”. As pessoas que pensam assim, jamais vão ter credibilidade. E o rapper, o orador se ele não tiver credibilidade no seu texto então não vale nada, as pessoas vão simplesmente ouvir, mas não vão praticar esse aprendizado.

E “É o terror” foi uma fase muito bonita e acho que essa fase persiste ainda. Meu disco novo está saindo agora “Aviso às gerações…”, agora dia 20 de outubro deve estar chegando às lojas e com certeza às ruas, às favelas, às quebradas; e eu sei pra quem eu canto. Eu não canto pra platéia, canto pro meu povo. Agora se a platéia quer comprar meu disco, se a platéia me aplaude, se a platéia gosta de mim, é claro que eu não vou jogar essa platéia fora. Eu sou por uma união, mas uma união justa. Eu vou tratar bem, mas eu não quero mentir pras pessoas, falar “oh velho, eu sou fruto disso aqui, eu posso ir à sua casa, se eu tiver acordado passo três dias lá, mas na hora que eu quiser dormir, vou dormir na minha”, isso é louco, você tem que dormir na sua casa, não adianta você, só por que o colchão do outro cara lá é mais macio que o seu, você falar “pô vou dormir nessa casa aqui”, ai você gosta fica dois ou três dias, daqui a pouco você está morando lá.

MDR – Você acha que o Rap perdeu muito com essa idéia de alguns artistas tentarem se preservar, alguns artistas falarem “Esse é o meu comportamento. E meu comportamento deve ser, ou pode ser do jeito que eles querem.”. Você acha que a periferia, o proletariado, ou o oprimido perderam, ou estão perdendo essa batalha, ou tem chance de virar?

GOG – A vida é uma eterna luta, então são vários momentos. Tem momentos que a gente se sente desestimulado. Tem momentos em que a gente se sente fortalecido. Tem vitórias, tem derrotas, mas agora desistência é ser nocauteado e se entregar. Eu acredito que o povo brasileiro, principalmente o povo brasileiro, o povo latino americano, o povo afro-brasileiro, afro-descendente – não estou falando dos afro-convenientes     – estou falando daqueles caras que realmente abraçam a idéia, não só pelo momento, mas pela certeza. Essas pessoas existem. São essas pessoas que mantém o Brasil vivo, são essas pessoas que realmente trabalham, são essas pessoas que acordam cedo, são essas pessoas que transformas. Agora, tem um monte de gente que uma vez à sombra ele não quer mais abrir a sombra para outras pessoas, o que vai acontecer? Ele vai ser arrancado da sombra pelo menos para deixar as outras pessoas terem acesso àquela sombra por alguns momentos, por que ninguém quer só o sol, não quer só aquele calor ali e queimar a pele.

É muito difícil falar se “pô, o Rap errou!?”, eu acho que o Rap errou e vai seguir errando, porque muita gente também acerta e segue errando, o Rap acertou bastante também. Agora, se eu fosse pedir, eu não quero exigir nada, eu só pediria um pouco mais de amor ao Rap, só pediria um pouco mais de leitura ao Rap, de informação ao Rap. Pelo que eu to vendo, eu ando o Brasil todo e vejo gente do Hip Hop, gente que ta há 20 anos no Hip Hop, defendendo Antonio Carlos Magalhães [8] no Governo da Bahia, eu to vendo pessoas ai que em nome de política partidária estão simplesmente se abraçando a empresas, se abarcando a associações que atrasam a vida de tudo que fizeram de mais importante. Então não vale a pena irmão, não vale a pena um palco, luzes, câmeras, ação. Ação vale, mas sem essas câmeras ai.

MDR – Você usou aqui um exemplo, e eu estava conversando com o pessoal da televisão aqui, do Hip Hop em Ação [9] , e eles estavam falando da referencia deles da frase do Afrika Bambaataa do “Paz, Amor e União”. Não sei se é bem isso, mas acho que um pouco de uma música em que você canta que “O estudo é o escudo” …

GOG – …resumindo tudo, não se vence só. Você tem uma fita que é muito louca, o estudo é o escudo, mas ninguém sem alimentação vai ter a disposição, até porque não vai agüentar. [chega Valter]

Agora para mim, o meu texto, a minha forma de expressar vem em conseqüência dessa leitura, eu não to nem te falando do ensino básico. Eu vejo muita gente que quanto mais estuda, mais burra fica. Quando eu falo burro, mano, é que as pessoas pensam que simplesmente o cara pega estuda o primeiro, o segundo, ele faz uma faculdade para montar um escritório, pra cobrar uma consulta e na mesma hora ele ta traindo o Juramento de Hipócrates, porque se o cara cair e não tiver dinheiro ele não atende. Esse é o ensino burro.

Agora, eu acho que o nosso povo tem que mudar exatamente o que? Pedreiro, marmiteiro, confeiteiro, sorveteiro tudo com eiro com diz o Produto da Rua, a gente habitar de outras fitas. [Q.ap, SP Funk, chega]. Então a gente tem que habitar a favela e as comunidades com outras profissões, nós temos que ter advogados, economistas, engenheiros, químicos, eletrônicos. Entrar no sistema hoje, principalmente o sistema judiciário que é branco e racista no Brasil. Você não vê um promotor negro no Brasil, você não vê um juiz negro no Brasil. Então, enquanto nós estamos lutando para ter deputado estadual, federal, vereador, os caras estão se formando simplesmente em direito, fazendo a pós-graduação e cadeia nos parceiros, cadeia nos irmãos, tortura. Então tem que acordar pra isso, nós temos que habitar isso ai pra gente ter, dentro dessa palavra que é meio complicada de falar: democracia, a gente ter pessoas que pensam com a gente, por que imagine hoje dependendo da pena que você cometa o juiz que você vai enfrentar ele já tem uma cabeça totalmente contrária a sua, ele já vê você como o anti-ele, e isso é complicado.

Então o estudo é super importante hoje ele se torna quase que urgentíssimo, no sentido de que a gente precisa formar esses profissionais pra gente balancear isso ai, porque hoje essa balança não existe, essa justiça, esse sistema carcerário, sistema prisional, sistema judiciário não existem, e eu to em Brasília e sei muito bem disso.

MDR – É sempre uma minoria que domina esses cargos que poderiam ser nossos também.

GOG – Com certeza, nós temos um Procurador Geral da República negro lá, mas que na realidade é uma figura pintada de negro, ele não tem a mente.

MDR – Como foi nosso Prefeito aqui…

GOG – Exatamente, o RZO até premonizou aquilo falando o que o Maluf fizer quem vai pagar a conta é o Pitta. É que nem o SP Funk falou de Bin Laden antes de o homem surgir na mídia.

Qap – Quando a gente levou a música pra rádio os caras falaram “a música é muito louca, mas a gente não vai tocar” e os caras ainda perguntaram “vocês falaram da parada antes?”. A gente falou né mano, a gente se informou e fez a música com outra intensão. E depois que a parada aconteceu, os caras ainda falaram “pô, mó vontade de tocar a música”, mas ficaram com medo de tocar a música, de repente por abordar o tema.

GOG – Pra você ver né mano, Qap, uma fita muito louca, quanto mais às pessoas tem medo de debater o problema mais o problema toma conta da gente. O caso da segurança pública em São Paulo, os caras que tentaram resolver segurança pública aqui, o candidato à Presidência da Republica, que foi o mais votado em seu Estado, a prática dele é exatamente colocar os presídios longe. Demoliu o Carandiru, a maioria das CDPs estão vazias, por que para eles local de preso tem que ser que nem na constituição, que nessa hora eles cumprem a constituição, tem que ser julgado e ir para o presídio.

Mas, na mesma hora 420 quilômetros, 500 quilômetros, 300 quilômetros, vamos colocar que as pessoas pensam que não tem solução, mas se o cara tiver 10% de chances de se recuperar ou ter uma visão diferente com a família, não vai poder contar com esses 10%, por que uma viagem por 420 quilômetros dentro do Brasil ela vai custar no mínimo 80 reais, se o cara não puder pegar nem um ônibus no centro da cidade como é que a família dele vai pegar? Se aqueles 80 reais vão ser pra comprar a feira do mês que não tem o pai de família. Então, quando você não debate os problemas, o problema não deixa de existir não! Quando ele falou do Bin Laden lá longe, os caras pensavam que o Bin Laden estava lá. Na mesma hora ele apareceu e ta ai, e mesmo que os caras estão falando que ele morreu, mas o pensamento do cara ta ai vivo e cada vez mais.

Então, quando surge um problema – e isso a gente tem que aprender – e o Hip Hop não pode ter cabresto neste ponto. A gente não pode ter cabresto no ponto de deixar esses caras dominarem a gente. Acho que todo mundo é parceiro até o momento em que decide o seu lado. E acho que a minha caminhada foi assim que eu sempre consegui parcerias até contrárias, mas com o cara respeitando o meu jeito. A partir do momento que ele falou “Pô GOG não dá”, então eu vou por ali, “então a gente se encontra por acaso”, por que geralmente são pessoas de personalidade também que pensam diferente, mas que tem personalidade. [despedida do pessoal do Tribunal Mc´s].

MDR – Fala pra gente como ta seu novo trabalho

GOG – Eu to na caminhada bastante prazerosa pelo Nordeste, esse ano ai eu devo ter feito umas 15 a 20 apresentações pelo Nordeste do Brasil. Ta com a perspectiva do lançamento do novo disco (20 outubro de 2006). A minha música está sendo já executada aqui: “Quando o pai se vai”, com uma grande recepção, bastante calorosa ai do público de São Paulo que sempre me recebeu bem. E isso me dá a perspectiva muito boa de chegar, chegar forte e muito mais que vender disco eu quero pregar um pensamento, então dentro disso ai eu acho que tenho sido vitorioso.

E agradecer a todo mundo os espaços, são espaços simples, de repente que as pessoas não percebem como o Mundo da Rua, que chega ao ouvido das pessoas e aos corações certos.

MDR – Quando vai tocar em São Paulo?

GOG – Nós estamos com a parceria da Conduta, e eles vão apresentar o novo show nos Estados pelo Brasil e em São Paulo.

[1] Beat Street: filme de 1984 que retrata o bairro do Bronx, na época do apogeu do Hip Hop.

[2] Referencia às duas bombas atômicas jogadas pelos EUA sobre essas cidades japonesas.

[3] Música do primeiro LP do Capital Inicial de título homônimo, que foi censurada pela Polícia Federal.

[4] Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais desenvolvidas por seguidores do pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels.

Leninismo é o nome dado á doutrina defendida por Vladimir Ilitch Ulianov, o Lênin, que procurar adaptar a teoria marxista á nova realidade, como uma teoria da revolução.

[5] Partido dos Trabalhadores

[6] Florestan Fernandes nasceu em São Paulo em uma família humilde e se tornou um dos grandes nomes da sociologia e do marxismo brasileiro, além de ser um dos grandes políticos, foi um dos fundadores do PT. Professor da Universidade de São Paulo (USP) e depois da Pontifícia Universidade Católica (Puc-SP

[7] Os Protocolos de Sião ou Os Protocolos dos Sábios de Sião, é um texto da época da Rúsia czarista, traduzido em vários idiomas, descrevendo um plano para que os judeus atingissem a dominação mundial.

[8] Antônio Carlos Magalhães conhecido como ACM é um político baiano extremamente conservador, foi ligado à UDN (União Democrático Ruralista) e a ARENA (Aliança Renovadora Nacional foi um partido político criado com a intenção de apoiar ao governo instituído com o golpe militar em 1964), dono de várias redes de telecomunicações na Bahia, principalmente ás transmissoras da Rede Globo.

[9] Hip Hop em Ação é um programa de televisão da Rede Mundial, apresentado aos domingos na região do Vale do Paraíba.

Aritcle From: http://www.hiphopreal.com.br/site/gog-em-2006-pedindo-amor-ao-rap-e-falando-de-politica/